Thursday, August 9, 2007


Em frente ao espelho passo a vida a limpo. Vejo claramente que nada mais é como antes, analiso o rosto cansado, as marcas das preocupações. Sempre a olhar em direcção do horizonte, à espera talvez de algo que nunca virá.
Traços de grandes saudades. Saudades do tempo que passou e que fez questão de levar a vontade de sorrir. Fixando o olhar no espelho vejo, o que está explícito na imagem cansada, as minhas lembranças me levam para além da imaginação, ultrapasso os espaços e vou em direcção de um tempo, que embora distante, ficou gravado nas minhas recordações.
Vejo claramente a tua imagem a sorrir para mim. Um sorriso tão lindo! Trazendo na sua transparência os momentos de felicidade. Foram tão poucos, mas tão intensos, que estarão por todas as eternidades, presentes nas minhas lembranças.
Analiso-me mais detalhadamente e percebo que quando penso em ti, eu fico mais bonita. Fico mais cheia de vida, noto, pelo brilho intenso que fica no meu olhar numa expressão de felicidade. Eu não posso negar o quanto te amo.

Thursday, August 2, 2007

Estás aqui, mas tão ausente
Junto a mim, mas tão distante!
O teu beijo já não é igual
Apagou-se o fogo no teu olhar
Estou nos teus braços mas afinal
Estamos tão distantes como o céu e o mar.

Eu não consigo chegar a ti,
Não posso chegar a ti,
Não sei como chegar a ti

Há em ti uma tristeza
De quem já não tem certezas
O teu corpo está ao pé de mim
O teu coração noutro lugar
No teu mundo já só há um fim
E eu não tenho como te fazer voltar

Eu não consigo chegar a ti,
não posso chegar a ti,
não sei como chegar a ti.

(Rita Guerra)

Tuesday, July 31, 2007

Queria ter-te junto a mim, ouvir-te sussurar palavras de amor
Sentir a tua doçura, o teu olhar, o sabor dos teus lábios, o teu cheiro...
Queria abraçar-te... Com a minha língua procurar-te sem pressa... Com o teu sabor, deliciar-me
Queria numa noite de lua cheia ter-te junto a mim, olhar-te nos olhos e deixar explodir todo o que sinto

Sinto saudades de ti.... Saudades de te ter...

Monday, July 30, 2007


Aqui, tudo ficou como tu deixaste. O gosto amargo do adeus. Ficou o vazio dentro de mim, a lágrima esquecida, que o vento encarregou de secar. Ficou um grito dentro de mim, só tu não ficaste. A vida é mesmo assim, mas, como esquecer tudo o que fizemos e o que fomos? Como esquecer que gosto de ti? Ficou uma saudade dentro de mim, eu não posso suportar, sinto vontade de abraçar a morte e nela dormir o sono eterno, sinto vontade de gritar, de acabar com tudo, de me sufocar nessas palavras imbecis. Mas, a vida continua, e eu aqui para justificar a minha.

Não lembro ao certo o que fez com que ficássemos assim. Fazíamos planos, sonhávamos, acreditamos que éramos feitos um para o outro mas tu mudaste, eu mudei, e os nossos caminhos começaram a separar-se e os sonhos foram-se dissolvendo, os planos morreram. Dói saber que as palavras ditas se perderam e que agora o nosso “nós” se tornou eu e tu. Ficamos diferentes para convivermos, mas sem perceber, que as nossas diferenças sempre existiram, momentos bons que ficaram, assim como a nossa foto que agora estou a guardar num envelope para devolver.

Olho pela última vez aquele sorriso que um dia me fez ficar tonto, o quarto está mais vazio, sei que não há mais nada a dizer, tudo o que podíamos fazer foi feito, sei que estou triste, mas repito incessantemente que é melhor assim, não adianta tentar, já não é como antes. Sentirei falta das músicas, daquelas novelas que eu odiava e tu insistias em ver. Espero que sejas feliz, pois eu fui, não considero tempo perdido, tu foste importante, mas agora és uma lembrança, de alguém que passou e não vai mais voltar.
É de noite como quase sempre acontece quando te escrevo, outra noite em que não consigo dormir, a tua imagem aparece no meu pensamento, tento escrever coisas que me levam a pensar em ti, fecho os olhos e começo sentir-te bem perto de mim, vejo-te em todos os lugares, vejo que é apenas uma ilusão, então volto ao meu mundo e vejo que não estás presente, mas como eu gostaria que estivesses. Queria poder abraçar-te, beijar-te, sentir-te ao meu lado pelo menos um instante, pelo menos pedia apenas um instante para que pudesse provar-te o quanto te amo…mas a vida não deixou. Jamais acreditas-te em mim e eu, eu não te pude contrariar e tive que te deixar…

Uma parte de mim diz que quer viver, outra parte diz que sem ti não vale a pena... Como posso eu te deixar se me acostumei demais, este amor não podia acabar assim. Mas não deu certo e não teve solução, valeu o tempo que passamos juntos, e ficas a saber que sempre os nossos bons momentos serão lembrados por mim como se nada tivesse dado errado.

E de noite… A noite consegue ser tão deliciosa e tão dolorosa! É nela que encontro o silêncio necessário para pensar e sonhar contigo. Mas a noite consegue ser também dolorosa pois quando se vai embora aparece novamente a triste realidade que é ter-te somente em sonhos ou por breves mas sempre bons momentos...

Thursday, February 22, 2007